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Depressão ou solidão, quem chega primeiro?

  • Foto do escritor: Mariá Lisboa
    Mariá Lisboa
  • 7 de jun.
  • 2 min de leitura
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Você já se perguntou o que vem primeiro: a depressão ou a solidão?

Essa pergunta é mais complexa do que parece — e a ciência nos mostra que, na verdade, essas duas experiências se alimentam mutuamente. Pessoas com depressão têm até dez vezes mais chances de se sentirem solitárias do que a população em geral. Por outro lado, viver em solidão pode aumentar significativamente o risco de desenvolver depressão.


O poder dos vínculos sociais na saúde mental

Um estudo conduzido por pesquisadores australianos acompanhou mais de 5 mil pessoas com média de 50 anos. Os participantes responderam a perguntas sobre seu bem-estar emocional e sobre sua participação em grupos sociais — como clubes, ONGs, atividades religiosas, esportes, hobbies e ambientes de trabalho.

Dois anos depois, eles responderam novamente ao mesmo questionário. E os resultados trouxeram um dado muito interessante: entre aqueles que haviam apresentado sintomas de depressão na primeira fase da pesquisa, muitos relataram melhora após se envolverem em um ou mais grupos sociais.

Os números falam por si:

  • Participar de um grupo social reduziu o risco de depressão em 24%

  • Participar de três grupos reduziu esse risco em impressionantes 63%

Ou seja, criar e manter conexões sociais pode ser um fator protetor potente contra a depressão — e um caminho importante para a recuperação.


Como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) reconhece a profunda influência dos relacionamentos e da percepção de pertencimento no bem-estar emocional. Um dos pilares do tratamento é identificar os padrões de pensamento disfuncionais que podem manter a pessoa presa ao isolamento, como:“As pessoas não se importam comigo” ou “Eu não sou bom o suficiente para estar com os outros”.

A TCC atua justamente para reconstruir esses pensamentos, incentivar a exposição gradual a situações sociais e desenvolver habilidades interpessoais. Com o tempo, o paciente pode ampliar seus vínculos sociais de forma segura e significativa — o que, como vimos, pode ser determinante para sair do ciclo da depressão e da solidão.



Referência da pesquisa citada no texto acima:

Cruwys, T. et al. (2014). Social Science & Medicine, 98, 179–186. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2013.09.013

 
 
 

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