Burnout

 Quando o corpo sussurra o que a mente já grita há tempos

Vivemos em uma cultura que valoriza a produtividade acima de tudo. Onde descansar é, muitas vezes, confundido com preguiça. Onde dizer “não” pode soar como fracasso. Nesse cenário, o burnout não chega de repente — ele vai se instalando aos poucos, silenciosamente.

É quando você sente que precisa dar conta de tudo, mas já não sente mais prazer em nada.É quando você cumpre as tarefas, mas no piloto automático.É quando o cansaço não passa nem depois do fim de semana.

📍Burnout não é só “cansaço acumulado” é o colapso de um sistema que exige demais e acolhe de menos.

O impacto emocional pode ser devastador:

🔹 A autoestima começa a ruir, porque você se sente “menos capaz” do que antes.

🔹 A ansiedade aumenta, porque a demanda é constante e o descanso, raro.

🔹 O prazer desaparece — o que antes te motivava, agora parece apenas mais uma obrigação.

🔹 E o pior: você começa a acreditar que o problema é você, quando na verdade é o ambiente ao seu redor que está doente.

“Mas eu sempre dei conta, por que agora não? ”Essa é uma das frases que mais ouço no consultório. A resposta é simples e, ao mesmo tempo, difícil de aceitar: porque nenhum corpo aguenta viver em estado de alerta por tanto tempo.

Reconhecer os sinais do burnout é um ato de coragem. Pedir ajuda é um ato de força. Mais do que nunca, precisamos normalizar o descanso, o limite e o cuidado emocional.

E se você está vivendo algo parecido, saiba que a psicoterapia pode ser um espaço de acolhimento, reconstrução e retomada de sentido. Você não precisa passar por isso sozinha(o).

Se este texto falou com você ou com alguém que você conhece, me chame. Às vezes, tudo que uma pessoa precisa para buscar ajuda é saber que não está sozinha.